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Oficina Sabor de Sobra evita o desperdício de alimentos


Ensinar a utilizar as sobras de alimentos para fazer novos e saborosos pratos é o objetivo das Oficinas Ecogastronômicas Sabor de Sobra, realizadas pelo curso de gastronomia da Universidade da Região de Joinville (Univille). A Casa Brasil é parceira no programa, sendo que a coordenadora do Laboratório de Segurança Alimentar e Nutricional da Unidade Jarivatuba, Líria Maristela Dias, participa como instrutora nas oficinas. A inscrição também pode ser feitas todas as semanas nas duas unidades da Casa Brasil de Joinville, facilitando o acesso aos moradores da comunidade.

As oficinas Sabor de Sobra ocorre nas tardes de sexta-feira, às 14 horas. O público é sempre variado, pois é necessário fazer inscrição todas as semanas. Essa medida foi tomada para que pessoas que não possam ir em uma das aulas impeçam a participação de outras. Cada aula conta com o número máximo de 25 alunos. Além dos inscritos, há quatro colaboradores-bolsistas, dois voluntários e uma professora que dividem as tarefas da oficina.

O projeto Sabor de Sobras foi criado por alunos do segundo ano, como trabalho de conclusão do 3º módulo do curso de gastronomia. A coordenação gostou do trabalho e implantou a oficina no começo de 2009, com previsão para atender 900 pessoas até o final do ano. De acordo com a professora Mariana Duprat, responsável pela oficina, as oficinas são uma maneira de evitar o desperdício, capacitando e conscientizando as pessoas sobre o tema.

Luís Anderson Siedschlag, bolsista, conta que está no projeto porque é algo muito gratificante: “Você se sente importante por fazer uma coisa que gosta e ver as pessoas admiradas e adquirindo conhecimento dessa forma. É um aprendizado muito importante também”.

A Casa Brasil participa do projeto visando combater o desperdício de alimento, que possui um índice muito alto na sua comunidade, conforme foi observado por Líria. “Nós podemos ver os resultados por meio do relato de participantes e de algumas cozinhas comunitárias que passaram a adotar as receitas”.


Como funciona a oficina

No decorrer da semana, os alunos participantes são responsáveis por separar as sobras de alimentos que não foram utilizados nas aulas. Eles precisam pesar e armazenar adequadamente os insumos usados e discutir quais receitas podem ser feitas com o material. Na sexta-feira, os participantes recebem toucas e aventais para entrar na cozinha, onde são recriadas três novas receitas. Cada um dos bolsistas apresenta uma receita, mas todos ajudam no preparo, enquanto o público atento anota cada detalhe. As perguntas são comuns durante a aula, sendo que neste momento ocorre uma troca de experiências entre o que é feito pelo público em casa e pelo conhecimento técnico dos bolsistas e da professora.

Para a aposentada Diana da Silva, que participou de todas as edições da oficina, “não se pode jogar comida fora, sendo que há tantas pessoas passando fome por aí. Se dá para usar, é importante repassar isso para a comunidade”.